CONFUSION AND LONELYNESS
Para onde eu vou? Para onde eu vou? Para onde eu vou? Pensei que eu ia para lá. Espelho. Pensei que eu vinha para cá. Miragem. Acordei, os sonhos persistiram. Voltei. Dei de cara com a parede. De vidro. Recebi um balde de tinta. Encharcada, fui pro brejo.
Não consegui fazer nada e só perdi meu tempo buscando, buscando, buscando algo que não será encontrado tão cedo. Paciência. Quem falou em paciência? Eu falei em desespero! Em não ter mais opção e ter que esperar, esperar, esperar, enquanto a carne é crua. Por que não ligar a televisão? Porque Vasarely é mais interessante. Por que não ouvir o rádio? Porque não tem IMAGEM. Por que não a teia de seda? Porque nem só de solidão vive o homem.
O descontrole total e a perdição. Caminhos e resquícios. Labirintos intransitáveis. Limites. Suspenses. A dor de querer ir e pó. Nada. Puft! Sumiu. Estar na ilusão e pretender alguma arte. Alguma receita. Alguma sabedoria. É só tomar doril... e some tudo entre os reflexos...
(Arte: Vasarely)
(Diana Menasché, escritora, www.dianamenasche.blogspot.com)
Um comentário:
Belo texto, linda imagem, e feliz casamento, entre palavras, sentidos soltos e cores!...
A beleza maior, contudo, é descoberta quando os limites transformam-se em limiares...
Beijos alados e matizados.
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