Um clarão de luz e de repente o tumulto. Massas de água cinza perturbadas, rodando no centro da escuridão. De onde chega a ameaça? Como um animal feroz, ela corta todas as camadas do céu insaciável. Tempestade. Tempestade. TROVÕES. Nada que se julga existente sobrevive às águas revoltas, à fúria dos redemoinhos contra a prepotência asmática dos pequenos. Grandes navegações caem subitamente a pó e lágrimas atrás de correntes infernais. Prepotência... O tempo come e a carne que sobra se esconde atrás dos rochedos.
Texto inspirado na pintura de Rembrandt Paisagem Tormentosa, cerca de 1640 / Óleo sobre madeira, 51,3 por 71,5 cm / Brunsvique, Herzog Anton Ulrich-Museum
(Diana Menasché, escritora, www.dianamenasche.blogspot.com)
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