Aos dezessete anos, Holden Caulfield narra um aventura vivida aos dezesseis, quando fora expulso do terceiro colégio e decidira retornar imediatamente à casa dos pais. Inicia uma viagem, uma jornada por Nova Iorque, passando por hotéis, bares, Central Park.
Holden Caulfield é herói e vilão ao mesmo tempo, é rebelde, sensível e ama a irmã acima de tudo, mas também é irresponsável, mentiroso e covarde. É o adolescente rico, desajustado, vítima do capitalismo dos Estados Unidos, na década de quarenta, que permite-lhe transitar pelos prazeres mundanos, que, no entanto, são repletos de pessoas interesseiras, falsas.
Em dado momento, Holden Caulfield é assediado pelo professor que admira, o mesmo que dissera que ele estava caindo, tentando mostrar-lhe a anormalidade. A descoberta da homossexualidade do professor o deixa enojado, e consegue fugir do apartamento. Em outro momento, encontra outros adolescentes, entre eles uma ex-namorada que julgava ainda amar, porém, constatou que era estúpida, assim como os demais ali. Seu universo social era de débeis, vazios.
Holden Caulfield perambula pela cidade, à procura de si mesmo, de um sentido para continuar a viver, e rememora momentos marcantes de sua vida. Entre eles, quando a irmã pergunta-lhe porque era rebelde, porque se auto-destruía e porque não gostava de nada. Ele, angustiado, depressivo, evoca a imagem criada pelo poeta escocês Robert Burns, uma metáfora de sua vida. Imaginou um campo de centeio repleto de crianças brincando e a si na borda do abismo apanhando as que caíam! Assim sentia-se, um reflexo de sua geração.
(Arte: "Mona Lisa", de Jean-Michel Basquiat)
(Elson Teixeira Cardoso)
6 comentários:
Elson
Sabe que o tipo de romance que me envolve é exatamente aquele que abre as pessoas com uma navalha e, em cada página lida você sente a lâmina abrir uma camda da sua pele, até que chega um momento em que você percebe que já atravessou todo o corpo, e a lâmina está a dissecar, então, a alma. Exatamente como este romance, como você coloca aí, abre o universo das pessoas ali envolvidas, sua tentativa de misericórdia.
E bela associação, nada melhor que uma imagem do Basquiat, o pintor de rua nova iorquino que bem poderia ser um personagem do Salinger.
Saudações,
Alberto.
o vocalista da banda green day fez uma canção sobre este livro. Recomendaram a ele quando estava na escola, mas enfim, ele não leu. Mas depois de um tempo resolver então lê-lo. Se identificou em partes e então compos "wroten holden caulfield?" is a good old song of band! (:
ele tem 12 anos
Apenas um erro:
Na verdade, o professor Antolini não assedia Holden, apenas faz carinho, porém Holden, por causa da sua falta de carinho, interpreta errado o gesto de carinho do professor, confundindo-o com um assédio.
É muito bom ler esse livro apesar dos palavrões que não lir no livro o apanhador no campo de centeio...
vc é cm força de dragão.que horror.
ass:vanessa castro pinto de almeida alencar.
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