sexta-feira, 25 de maio de 2007

RESUMO SOBRE O ROMANCE "O HOMEM DUPLICADO", DE JOSÉ SARAMAGO

(LIVRO DE CABECEIRA)
Tertuliano Máximo Afonso, ou apenas Máximo Afonso, é professor de História, divorciado e vive só. Sua mãe vive no interior e ele sucumbe à solidão em seu modesto apartamento, ainda que Maria da Paz o ame e queira casar-se com ele. Máximo Afonso alugou um filme, indicado por um colega, professor de Matemática, e teve uma revelação absurda, senão horrenda. O ator do filme tinha sua aparência, não era apenas parecido, mas totalmente igual a ele; via-se a si mesmo, vivendo uma história medíocre, como medíocre era a sua. Descobriu que o ator chamava-se Daniel Santa-Clara, pseudônimo de António Claro, e assistiu a outros filmes, confirmando que a imagem que via era a sua. Delírio? Loucura? Soube que António Claro vivia na mesma cidade e era casado. Quis o destino que nunca esbarrasse com seu sósia, seu gêmeo, seu duplicado. Procurou António Claro, mantendo segredo de tudo. O mistério era seu, deveria desvendá-lo sozinho, como sozinho sentia-se. A muito custo, conseguiu um encontro com o outro. Frente à frente, não era preciso dizer nada, seria inútil, olhavam-se num espelho. Restava saber quem era a cópía de quem. António Claro nascera antes, tinha a premência. Devasso, chantageou Máximo Afonso. Queria ser ele para fazer amor com Maria da Paz. Máximo Afonso não teve saída, cedeu. Mas uma tragédia mudou tudo. António Claro e Maria da Paz morreram num acidente na estrada, depois de dormirem juntos. Ea descobrira que ele não era Máximo Afonso, soubera pela marca da aliança no dedo, brigaram e o veículo colidiu. Mas a notícia divulgada foi que Máximo Afonso morrera. Como explicar a todos? Tinha perdido sua amada, identidade, vida. Já não era ele, mas António Claro, o ator, casado com Helena.Recebeu um telefonema, alguém queria encontrá-lo, precisava falar-lhe, pois eram iguais. Saiu, mas armou-se com uma pistola. Dessa vez, não falharia.
(Arte: "Nu descendant un escalier" <"Nu descendo uma escada">, de Marcel Duchamp)
(Elson Teixeira Cardoso)